Hackatagro AgroUp premia três agtechs gaúchas

Porto Alegre fechou o ano do circuito de inovação do CNA/Senar, que acelerou ecossistemas em seis cidades de quatro estados
A Rede AgroUp aterrissou na região Sul, em Porto Alegre, para o evento de encerramento em 2019 do maior circuito de inovação agro no Brasil. Depois de Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso, o ecossistema gaúcho parou para participar do Hackatagro AgroUp, neste final de semana, do TecnoPuc.
O nível foi alto e a mobilização de agtechs, empresas, entidades do setor, e de fora dele, ainda maior. E não podia ser diferente: o Rio Grande do Sul tem todos os elementos para se consolidar como driver do agro digital no País.
Depois de 48 horas de maratona, a grande vencedora foi a BioIn com a proposta de um módulo “on farm” de reprodução de vespas trichogramma spp para controle biológico contra pragas na fruticultura. O grupo faturou um prêmio de R$ 8 mil. “Estamos muito felizes por transformar um conhecimento acadêmico em um modelo de negócio em um hackathon. A solução da BioIn é importante para a fruticultura tanto na redução de custos, como no atendimento às preferências de consumidores”, explicou Camila Vargas, sócia-fundadora da BioIn.
O segundo lugar ficou com a startup Avelã pelo protótipo de uma plataforma para atestar o nível de performance sanitária em bovinos, a fim de garantir melhor remuneração aos pecuaristas. Eles ganharam R$ 4 mil.
Com R$ 2 mil de prêmio, a Elysios fechou o pódio com uma solução digital para simplificar o acesso a crédito dos produtores por meio da gestão eficiente dos documentos. O Hackatagro teve patrocínio do Banrisul e da KeplerWeber.
48 horas Na sexta-feira, o Hackatagro AgroUp abriu os trabalhos com conteúdo vanguardista no agro digital ao tratar de computação quântica, inteligência artificial e big data na palestra do diretor da IBM na região Sul, Rodrigo Nunes.
Logo foi a vez das 15 agtechs selecionadas conhecerem os desafios que teriam apenas 48 horas para enfrentar a fim de contribuir com os agricultores e pecuaristas do estado. Os problemas foram mapeados pela regional do Senar, como também ocorreu nos outros estados onde houve eventos AgroUp. Renan dos Santos, coordenador do escritório do Senar/RS, explicou que o levantamento foi realizado em oito cidades gaúchas. “Fomos a campo e falamos com mais de 80 produtores porque é importante ouvir da boca deles, sejam pequenos ou grandes, o que realmente vale. Levantamos problemas nas cadeias da soja, arroz, milho, trigo, bovinocultura de corte e leite e fruticultura, que representam 85% da produção”, comentou.
Para o Hackathon AgroUp, as cadeias elencadas foram a bovinocultura de corte e leite, grãos e fruticultura. Os desafios pontuais foram custos de produção, segurança nas fazendas, controle de pragas e comercialização da produção. Fazer face a estes desafios exige mais que boas ideias, mas também conhecimento de mercado, expertise no desenvolvimento das soluções e muitas outras virtudes. Por isso, um dos critérios de seleção das agtechs classificadas para o evento foi capacidade demonstrada na entrega de produtos ou serviços inovadores na agropecuária.
AgroUp
O hackathon gaúcho também marcou o encerramento dos eventos da Rede AgroUp em 2019, após haver percorrido seis cidades em quatro estados. No total, mais de 300 participantes fizeram frente a cerca de 900 problemas levantados junto a produtores de 33 cidades.
Fonte: AgEvolution - Daniel Azevedo