O futuro do Agronegócio e o blockchain
O blockchain já é uma realidade mundial e já está revolucionando muitas indústrias.

O agronegócio brasileiro é conhecido por sua alta eficiência e uso de tecnologias avançadas. As atividades relacionadas a produção contam com grande automação: maquinário de última geração, IoT, Inteligência Artificial, drones, etc., tudo isso faz do Brasil referência no setor.
Em contraste a toda esta tecnologia usada na produção, a comercialização dos produtos ainda é feita de forma analógica, sem o suporte dos avanços tecnológicos observados em outros setores, como o e-commerce ou o mercado financeiro. Sistemas de comercialização, independentemente do setor em que atuam, trazem agilidade, segurança, transparência e assertividade as partes envolvidas e o ecossistema como um todo.
Então por que até hoje a comercialização de commodities é feita ou em meios analógicos, ou em ambientes digitais pouco tecnológicos, que não extraem todo o benefício tecnológico disponível em prol dos usuários? Primeiro porque o hábito de se manter um processo que foi ‘sempre assim’ acaba sendo muito cômodo. Segundo, porque alterar o status quo, por menos eficiente que ele seja, nunca é uma tarefa fácil — demanda muita conversa e uma solução com benefícios muito claros. Plataformas de ‘marketplace e-commerce’ não se mostraram ser essas soluções.
Por que então as plataformas que foram lançadas antes não aplicaram uma melhor tecnologia? O Agro antes e depois… com a Gavea.
A aplicação de tecnologias inovadoras tem um alto custo — seja financeiro, de conhecimento, ou ambos. Diferentemente das tecnologias aplicadas ‘dentro da porteira’, onde os produtores (em especial os brasileiros) detêm o maior conhecimento sobre tudo o que acontece e como melhor aplicar toda nova tecnologia, quando o assunto é comercialização, envolvem-se outros aspectos — não somente a compra e venda do produto, mas também a formação de preços, hedge, vendas a termo e spot, diferencial de preços, valor do câmbio, dentre outros, além de conceitos financeiros e tecnológicos, que precisam ser muito bem compreendidos para maximizar os resultados.
Portanto, além do conhecimento sobre o agronegócio, é necessário haver grande conhecimento e experiência sobre estratégia de vendas, índices de preços, produtos financeiros, tecnologia, segurança e experiência global sobre a aplicação de tudo isso em prol da indústria de commodities. A tecnologia do blockchain cria um ambiente de servidores distribuídos, onde os usuários e empresas são donos de toda informação inserida, tendo total autonomia sobre o uso desta informação. Com o blockchain, é possível rastrear a origem de cada ativo comercializado e garantir que somente as partes envolvidas detém informações e termos da negociação.
Este conceito aplicado ao agronegócio representa um aumento na confiança entre as partes, facilita o acesso a informações, aumenta as margens de lucro dos envolvidos e reduz significativamente os riscos e os custos por operação. Uma plataforma operando em rede blockchain permite que diversas partes negociem entre si com total autonomia, com segurança dos seus dados, assertividade e confidencialidade na execução de suas estratégias. As negociações feitas no blockchain são regidas por contratos inteligentes (‘smart contracts’), registrados automaticamente e sendo, posteriormente, assinados com certificados digitais — no caso da Gavea, com certificados do tipo ICP-Brasil, que tem jurisprudência em todo território nacional. Atualmente a Gavea é a única bolsa digital de commodities no Brasil que utiliza esta tecnologia para atender as necessidades dos clientes e participantes do Agro. A Gavea é a referência global na aplicação desta tecnologia no setor.
E, muito além dos benefícios individuais dos seus usuários, a Gavea desenvolveu um modelo ESG (‘Environmental, Social and Governance’, ou, em português — Ambiental, Social e Governança Corporativa) na sua operação e tecnologia, contribuindo com a geração de impactos socioambientais positivos, beneficiando todo o ecossistema e o planeta, e maximizando os resultados dos seus clientes. Através do uso do blockchain e um processo denominado de “tokenização”, todo produto comercializado tem rastreabilidade de origem, em todo o seu ciclo de vida no ‘supply chain’, com controles rígidos e automatizados que validam propriedades, agências ambientais e listas sociais, contribuindo para mitigar o comércio de produtos ilegais, frutos do cultivo em áreas desmatadas ou com uso de trabalho escravo. Do produtor, passando por comerciantes, revendedores e exportadores, sendo distribuídos a indústria local e internacional.
Além do blockchain, outras tecnologias como algoritmos de inteligência artificial também contribuem para tornar o processo de negociação mais dinâmico e eficiente, melhorando a assertividade nas tomadas de decisão. A Gavea, portanto, criou um ambiente de bolsa digital, entregando dinamismo e transparência no acesso as informações de mercado, como índices de produtos, moedas e demais indicadores de precificação, quebrando assimetrias de informação, assim como as principais bolsas do mercado financeiro pelo mundo.
Esperamos que este artigo tenha contribuído no entendimento de como a tecnologia pode melhorar (e muito) a vida de todos os participantes da nossa maior indústria, o agronegócio. E também tenha mostrado como uma empresa brasileira, independente criou um produto inovador que se tornou referência global tanto na aplicação de tecnologias inovadoras, como no pioneirismo na criação de uma bolsa digital para a indústria de commodities.
Não fique de fora dessa, acesse agora o app da Gavea e comece a negociar commodities do jeito mais inovador e seguro.
Este artigo foi escrito por Vítor Uchôa Nunes, fundador e CEO da Gavea.