O mercado de carbono e o agronegócio
O Brasil já é um dos países que mais vende créditos de carbono

O efeito estufa é o principal responsável pelas as mudanças climáticas da terra e um dos seus propulsores é o dióxido de carbono. A situação é tão inquietante que além da consciência ambiental em si e da preocupação com as consequências do aumento da temperatura, outra forma de chamar a atenção dos países é: quem vai pagar a conta?
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco-92, que aconteceu no Rio de Janeiro há quase três décadas, pela primeira vez o termo Crédito de Carbono foi mencionado, como sendo um incentivo financeiro para quem reduzir a emissão de CO2 na atmosfera.
Funciona da seguinte maneira: cada tonelada de CO2 que deixa de ser emitida para a atmosfera equivale a 1 crédito de carbono. E esses créditos podem ser comercializados no mercado, inclusive entre países.
Para que o mercado de carbono alcance os objetivos esperados é necessário o alinhamento de diversos aspectos e do apoio integral do agronegócio. É fundamental ter investimentos em tecnologias de baixo carbono, além de um sistema eficiente para mensurar, supervisionar e verificar as emissões e reduções. Um exemplo: como ficou claro no Desafio da Yara, um número limitado de produtores de soja consegue comprovar todos os processos durante a cadeia da produção de biocombustíveis para se tornar elegíveis a receber Créditos de Carbono.
Levar o tema a todos os níveis da sociedade e incentivo governamental e privado para todos os elos da cadeia de produção também são fatores importantes para o sucesso dessa iniciativa.
Vale ressaltar que o agronegócio brasileiro vem ao longo dos anos encarando e se adaptando a essa nova realidade. E caminha de forma consistente para se tornar sustentável. O Brasil espera, até 2050, se tornar uma economia neutra em carbono.
Importante informar que o Brasil é um dos países que mais vende créditos de carbono. Isso ocorre porque 46% da energia produzida no país são de fontes renováveis. Trata-se de um percentual significativo se comparado à média mundial, que é de 14%.
Fonte: Gávea Marketplace