Falamos com o gerente de inovação da Yara, Rafael Tabasnik, que contou em detalhes sobre o desafio da rastreabilidade da soja, e como a inovação pode ajudar no tema da sustentabilidade

A Yara, empresa líder em nutrição de plantas no Brasil e no mundo, é a responsável pelo hackathon que busca soluções para a rastreabilidade da soja, do campo até a indústria. Antes de falarmos sobre o desafio em si, é importante que você conheça um pouco sobre a Yara. É uma empresa centenária, criada em 1905 e sua matriz é norueguesa. Tem a missão de alimentar o mundo, protegendo o planeta de maneira responsável e já nasceu com o DNA da inovação a partir da produção de fertilizantes para já se ter uma agricultura mais produtiva e assim, sanar o problema da fome. Hoje, a empresa vive um momento muito especial, sendo pautado na sustentabilidade. Eles buscam gerar valor para o cliente em toda a cadeia.
“Entendemos que colocando o cliente ou produtor no centro da estratégia temos outras possibilidades para gerar valor pra ele. De um lado, mantemos a excelência operacional e de outro começamos a expandir nossas ofertas e soluções para que possamos ter o produtor com a maior rentabilidade e produtividade que leva o sucesso não só dele mas de todo o ecossistema.”, disse Tabasnik. O Desafio Yara representa portanto o momento vivido pela empresa. O foco é gerar valor para o produtor mediante novas ofertas ou serviços que possam ser construídos a partir da rastreabilidade.
A bioenergia é hoje um tema muito relevante para o Brasil, que tem o potencial em ser líder nessa revolução da matriz energética global. Com o Renovabio, programa do Governo Federal que estimula a expansão da produção de biocombustíveis, e que tem metas anuais de descarbonização, é possível trazer essa liderança ainda mais pra perto. A rastreabilidade da soja tem uma logística complexa e que ainda precisa ser desenhada, diferente da cultura da cana, que já está bem endereçada dentro do Renovabio.
Quando se fala da rastreabilidade da soja, do campo até a indústria, temos uma logística complexa, onde muitas vezes é plantada pelo produtor, e transportada por terceiros, como uma cooperativa. Quando chega no silo, pode ser misturada com a soja de outros produtores que também encaminharam para a cooperativa. Essa cooperativa é a responsável por encaminhar até a usina e, é só lá, que a soja é esmagada e gera o biodiesel. Esse é o caminho complexo da soja: saber qual é qual, de onde veio este grão e como chegou na usina. É por isso perdemos a elegibilidade (ou o potencial de elegibilidade) dentro do Renovabio.
Quer entender mais sobre o que consiste o Desafio e já ter insights sobre como resolver o problema? Ouça o podcast completo clicando aqui